segunda-feira, 2 de março de 2009

A volta do Camaro

Inspirado na 1ª versão, a GM divulga imagens de seu ponny car na linha de Ontário, que chegarão às lojas em março. Ao que tudo indica a aposta na reestilização desse clássico norte-americano para recuperar as vendas da montadora foi certeira.


Inspirado no pony car que fez sucesso nos anos 60, roubando a cena em meio ao Mustang e Challenger, igualmente readaptados aos novos tempos, o musculoso cupê GM chega à sua 5ª geração. Tem a opção de motor 3.6 V6 de 296 cv, o mesmo do Captiva e Omega no Brasil e o apimentado 6.2 V8 de 422 cv do Corvette.
Nascido para brigar com o Mustang, o Camaro começou a ser produzido em 67, depois que a GM adaptou a plataforma do sedã Nova para receber uma carroceria com um longo capô. Nascia assim um ícone sobre rodas. O sucesso foi instantâneo. Virou febre entre motoristas de 18 a 80 anos nos EUA, que viviam a incandescência dos pony cars com seus potentes motores V8, o preferido do público que busca desempenho.

Quatro anos após o lançamento do Camaro, a Ford lançou o Mustang com novo visual. A GM não ficou de braços cruzados e lançou um completamente novo, que seguiria em produção até 1981 — fim da febre dos muscle cars. Nos anos 80 a terceira geração do Camaro ganhou status de carro “normal”, vivendo sob o estigma de um nome do passado. Em 1986, o carro ainda ganharia uma versão de entrada com motor quatro cilindros de 2.5 l, 90cv, tido até hoje como uma heresia.

A versão sem sal do Camaro foi encerrada em 92. No ano seguinte aplicou-se a 4ª geração as formas arredondadas dos anos 90. Mais uma vez o esportivo não emplacou como as duas primeiras versões, mas foi produzido até 2002, quando a GM “encerrou” a saga do modelo.
37 anos após o lançamento do Camaro, a Ford volto a incomodar a GM com a releitura do Mustang em 2004. A Dodge também colaborou com a dor-de-cabeça da GM revivendo o clássico Challenger. Tomada pela onda nostálgica a GM trouxe a nova geração do Camaro, anabolizado com o melhor da primeira geração. Mas, Camaro e companhia estão fadados à realidade dos tempos atuais, que gradativamente deve acabar com carros deste porte com seus beberrões motores V6 e V8 de grande cilindrada.
Matéria publicada no site:
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